Não sei muito bem porque escrevo não sei o que sinto, mas sinto que não sei mesmo quem sou. No meu coração, bem no fundo de mim há algo querendo gritar. É um grito forte, um sussurro tenebroso, uma esperança futura de qualquer que queira se materializar dentro do meu ser. Sinto minh’alma esburacada, funda ao mesmo tempo sinto camadas alcançáveis e vazias.
Esse grito é de dor e de alegria, de paz e de pavor. A cada suspiro uma lágrima se brinca em meus olhos transformando-os em piscinas rasas. Sinto uma decepção comigo de não sei o que. Talvez de não estar se sentindo inteira em todas as escolhas da vida.Talvez por se achar inferior há tantos seres enojados de sê-los e querer reproduzir a mesma carcaça podre, fétida e vangloriada pela massa ignorante e leigas do amor de Deus.
Talvez vazia e decepcionada por sentir-se ingrata por sentir esse vazio. De acreditar que existe um Deus vivo que dá paz e alegria e mesmo assim sentir-se como uma vala, um poço sem fundo e raso.
Quero expandir meu grito, quero ter todos os olhos no corpo, quero que meu coração tenha bocarras e minha razão a tem-na.
Quero parar para escutar o que meu corpo pede, quero que os impulsos caiam por terra. Preciso ouvir o que eu tenho pra dizer.
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