Ah, coitada da virgem como eu!
Do coração cristão e o corpo ateu.
Que entre cultos e vielas se perdeu.
Que entre delírios e orações se corrompeu e roga sem cessar pelo perdão do seu Deus.
Entre o vertical e o horizontal. Extinto animal que é só seu.
Entre a poesia e a prosa
Entre a castidade e a pressa
Entre o orgasmo numa rua deserta
Entre encontros e desencontros em vida
Uma vez caçando e noutra sendo a comida.
Aquela que se finge de santa e desapercebida
que morre de vontade e tanto
que renega.
Que arde, relincha, que inflama porém não se entrega
Sexo, Suor, Mansidão
quais dessas palavras tem medo?
Luta com o desejo, trepa consigo e mantém seu segredo.
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