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domingo, 27 de março de 2011

Somente em Palavras

Sabes que em braile ficou minha pele,
quando conversei contigo pela primeira vez.
Tentei manter o sangue frio e um orgulho para não ter que dizer o que sentia
Consegui.
Foi difícil, mas consegui.
Não poderia colocar tudo a perder
Já que não o tenho ganho em meu poder.
Sinto que empurrei o destino
Sinto também que ele pode vir a me empurrar
Se empurrar–me como em um balancê tudo bem
Meu medo é que ele se revolte e me empurre ao chão
Certamente ficarei como a lagarta pisoteada pelas crianças
Isso é apenas um começo.
Meu pai sempre diz que uma amizade entre homem e mulher
De certo, uma das partes está interessada
Em parte sou eu.
Que fui enredada e seduzida pelas belas palavras que saem de tuas mãos sábias
Sábias palavras.
Bem colocadas e afiadas para perfurar um coração
É fato que estraçalhastes e definhastes muitos deles
Mas o meu, masoquista do jeito que é
Ao se apoderar de suas palavras
Ele mesmo pega sua lança e por conta própria o perfura
Impondo uma dor que o soldado não havera ao menos,sentido.
Quero que essa dor seja válida por toda essa dor vivida
O amor não faz doer, o que dói é o amor não correspondido ou desconhecido.
Desconheces.

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