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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Á lá Grotowski

Minha conquista só será conquistada se for no macete
No porrete que Grotowski dará em minha cabeça.
Achei que fazer teatro fosse algo mais fácil.
NÃO É. não mesmo.
Desde ontem estou me massacrando.
Com o corpo acostumado ao 'gostosinho', ao cômodo
Fica difícil o levantar pela manhã para ler, ler,ler
Alongar,respirar corretamente e mimimi
De segunda á sexta das 14h00 ás 18h00
eu tenho apanhado.
Meu corpo docente tem pego pesado.
Tenho apanhado até cair aos prantos,
tenho apanhado até me relacionar com os corpos
daquela retângular espelhada.
Tenho sentido dores que eu não havia sentido em toda minha vida.
Minha pouca vida.
Não sei quais palavras usar pra explicar essa dor, por que dói.
Fazer teatro é você libertar-se dos vícios que o seu corpo trás consigo.
Tenho penado, martirizada com a dor que há dentro de mim.
Pois preciso extraí-la pra fora. Jogada, dada.
Doar meu corpo ao meu parceiro de cena.
Sem pudores nem frescurites.
Desde então meu corpo dói.
Essa dor não é só interna é externa também.
Sem pudor. O teatro tirou meu pudor.
Amo me entrelaçar com corpos e lambuzar-me neles.
Desse desenho sai uma linda escultura viva.
Acho lindo.
Cada dia que passa mais eu respiro o teatro.
Para vivê-lo precisei aprender a respirar corretamente.
Ele mexe com todas as minhas estruturas.
Da respiração até formar uma dança.
Minha vida é o teatro, nesse enlace
Esse nó me prendeu pra não soltar.
Com suas ataduras me vejo presa
Como em uma camisa de força.
É preciso foco,respiração, concentração, sentimento, olhar
para livrar-me dela. Para entrar nela novamente, por que me dá prazer.
Me dá todos os prazeres.
Não preciso de drogas,bebidas,orgias. O teatro é a maior loucura que existe!!
Só os loucos sabem.

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